
Fotografia: Joel Sartore
Que existem animais com habilidades incríveis e capazes de surpreender qualquer pessoa, já sabíamos.
Que existem animais que autenticamente desafiam a gravidade, a sorte, a lógica e fazem coisas “impossíveis”, já é um assunto diferente.
É o caso das cabras.
Numa das visões mais surreais e de cortar a respiração que a natureza nos apresenta, as cabras escalam enormes altitudes em quase total verticalidade. E fazem-no como se fosse fácil.

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Quando observamos imagens destas só nos ocorre perguntar “como raio foram parar ali?”, ou melhor, “e agora como vão descer?”. Se tiver tantas vertigens como eu, também pensará em voz alta outras coisas que não são reproduzíveis.
As cabras fazem-no essencialmente à procura de alimento, sal e minerais nas rochas (que lambem) ou para fugir a predadores. Mas é fantástico, totalmente fascinante.

Fotografia: jasbond007
Além de um equilíbrio perfeito e de uma óbvia ausência de vertigens, as cabras conseguem escalar desta forma devido ás especiais adaptações que evoluíram nas suas patas.
Este estilo de vida, apesar de parecer bastante arriscado e perigoso, tem sido bem sucedido: os predadores não se atrevem a persegui-las pelas montanhas e conseguem encontrar alimento nos locais mais inacessíveis.

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As duas principais especialistas em alpinismo são a cabra-da-montanha (Oreamnos americanus) e o íbex-alpino (Capra ibex).

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A cabra-da-montanha, que apesar do seu nome não é uma verdadeira cabra (embora seja um parente próximo) apenas é encontrada na América do Norte.
Como seria de esperar, é encontrada nos mais espetaculares e arriscados ambientes alpinos, subindo precipícios de grande altitude desde o Alasca ás montanhas rochosas dos Estados Unidos. São os maiores mamíferos encontrados em habitats de elevada altitude – que pode chegar aos quatro mil metros.
Conseguem saltar distâncias de três metros e meio por cada impulso.

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O íbex-alpino, também conhecido como cabra-montês, é uma espécie de cabra selvagem que habita na Europa, ao longo dos Alpes.
Como animais extremamente ágeis e excelentes alpinistas que são, costumam habitar zonas entre os dois mil e os três mil metros de altitude.
No séc. XIX estavam extintos em muitos locais do seu habitat, tendo entretanto sido reintroduzidos e hoje o seu estado de conservação é pouco preocupante.
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Fantástico, não é?
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